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    O combate à malária com meios locais

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    Authors
    Technical Centre for Agricultural and Rural Cooperation
    Date
    2006
    Language
    pt
    Type
    News Item
    Review status
    Internal Review
    Accessibility
    Open Access
    Usage rights
    Copyrighted; all rights reserved
    Metadata
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    Citation
    CTA. 2006. O combate à malária com meios locais. Esporo 72. CTA, Wageningen, The Netherlands.
    Permanent link to cite or share this item: https://hdl.handle.net/10568/64410
    Abstract/Description
    Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), em cada ano que passa, a malária afecta mais de 300 milhões de pessoas, sobretudo nas regiões tropicais, ameaçando 40% da população mundial...
    Notes
    Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), em cada ano que passa, a malária afecta mais de 300 milhões de pessoas, sobretudo nas regiões tropicais, ameaçando 40% da população mundial (2000 milhões habitantes, em 102 países) e causa cerca de 1 000 000 de mortes. A malária atinge em particular as pessoas mais pobres dos países pobres, incidindo nas piores ocasiões, designadamente nas épocas de carências alimentares que antecedem as colheitas, quando as chuvas propiciam o desenvolvimento da doença e as populações têm maior dificuldade de acesso aos cuidados médicos. As crianças são particularmente vulneráveis, sendo a malária em África responsável por 40% da mortalidade infantil. As grávidas constituem outro grupo de alto risco. Em algumas regiões africanas, a malária tem actualmente uma incidência duas a três vezes superior à que se verificava na década de 80, sendo de admitir que este recrudescimento seja, pelo menos em parte, imputável à larga difusão de medicamentos de preço relativamente acessível, entretanto ineficazes, mas que contribuíram para a regressão de práticas tradicionais de tratamento da doença. O complexo ciclo biológico do agente da doença, o Plasmodium sp. Inicia-se com a picada do mosquito vector, que injecta esporozoítos do parasita, acumulados nas suas glândulas salivares, na corrente sanguínea da pessoa que está a infectar. Estes esporozoítos migram rapidamente para o fígado, onde durante cerca de 7 dias se transformam e se multiplicam, dando origem a milhares de novas formas, os esquizontes hepáticos, que passam do fígado para a corrente sanguínea, dando origem a merozoítos que invadem os glóbulos vermelhos, para aí de novo se multiplicarem. No espaço de 48 a 72 horas, os merozoítos dão origem a trofozoítos que depois se transformam em esquizontes eritrocíticos que são libertados e invadem novos glóbulos vermelhos, facto que se repete sucessivamente afectando a corrente sanguínea, originando sintomas febris, podendo assim atingir o cérebro quando se trata do Plasmodium falciparum, a espécie mais perigosa para o homem. Quando outro mosquito pica uma pessoa doente, infecta-se com formas sexuadas do parasita entretanto produzidas, os gametócitos, células que num período de 10 a 15 dias se unem formando esporozoítos que migram para as suas glândulas salivares, fechando-se assim o ciclo do parasita. Produzem-se no fígado também outro tipo de formas assexuadas do parasita, designadas hipnozoítos, que em algumas espécies como o Plasmodum vivax, podem ficar inactivas durante anos, antes de se multiplicarem na corrente sanguínea. A particular incidência da malária em África deve-se a um conjunto de factores ligados à pobreza e à instabilidade em que vivem as populações, mas também à presença do mosquito vector mais eficaz na difusão da doença, o Anopheles gambiae. A OMS lançou, entre 1957 e 1969, um programa mundial de erradicação da malária baseado no uso de insecticidas para controlo do insecto vector e na quimioterapia da população atingida, visando a erradicação, a curto prazo, do reservatório humano de parasitas nas regiões endémicas. A doença foi efectivamente erradicada na Europa e na América, e a intensidade de transmissão foi significativamente reduzida em África e na Ásia. Mas o sucesso inicialmente verificado nas regiões tropicais foi interrompido, não apenas devido à resistência do parasita aos medicamentos mas, provavelmente também, à falta de um forte apoio político e financeiro a este programa, após a erradicação da doença na Europa e na América. Desde então voltaram a surgir novos casos, em países onde a malária já tinha sido erradicada há muito tempo (Coreias, Iraque, Azerbeijão e Turquia) e as alterações climáticas em curso fazem prever que a doença venha a ter condições para se expandir nas zonas temperadas. As estratégias de contenção da malária têm sido objecto de sucessivas reformulações mas, nos países pobres, defrontam-se sempre com uma limitação importante. A quimioterapia tem utilizado nove fármacos-chave, derivados do quinino e da artemisina. Dentre os primeiros há a assinalar alguns medicamentos, como a cloroquina, que foram muito importantes no tratamento da malária em África, por serem relativamente acessíveis (menos de 1 US$ por tratamento). Mas perante as resistências desenvolvidas pelo P. falciparum, restam apenas alguns compostos eficazes que custam, no mínimo, 1 a 3 US$ por tratamento. Perspectivas diferentes a Norte e a Sul O combate à doença é olhado de forma diferente consoante se trata de populações ricas ou pobres. Tal como aconteceu no passado, com os medicamentos plasmados a partir do quinino, a substância activa obtida da Cinchona succimba, a árvore da quina originária do Perú, ou os mais modernos derivados da artemisina, o princípio activo da Artemisia annua, o arbusto utilizado na China há mais de 2000 anos, a indústria farmacêutica, sedeada nos países do Norte, orienta a sua actividade para a produção de novas moléculas de síntese, obtidas a partir da estrutura química padrão de substâncias activas das plantas medicinais que vão sendo identificadas. Noutro campo, a investigação dos genomas do Plasmodium falciparum e do seu principal vector o Anopheles gambiae permitirá abrir novas e fecundas linhas de combate ao flagelo, a partir da produção de novos remédios, vacinas e insecticidas específicos. Acontece porém que a lógica subjacente a toda esta actividade não está direccionada para produtos acessíveis às populações pobres, pelo menos nos primeiros tempos após a sua obtenção pela indústria farmacêutica. Entretanto nos países pobres, as pessoas continuam a sofrer com este flagelo sendo urgente encontrar novos meios de tratamento, não apenas eficazes, mas também a custo acessível. As potencialidades da medicina tradicional A OMS estima que 80% da população mundial depende da medicina tradicional, e não apenas em relação à malária, para responder às suas necessidades primárias de saúde. Para além disso, cerca de 1/3 das pessoas não dispõem de recursos para a aquisição de remédios e para custear os restantes encargos agregados à medicina moderna. Ainda a favor da medicina tradicional, importa referir que os curandeiros vivem no seio das populações que assistem, o que lhes confere maior disponibilidade para tratamento e apoio psicológico, e um melhor ratio relativamente aos doentes, que o possível com a cobertura médica que, por vezes, ainda se confronta com a dificuldade de compreender os hábitos e as crenças das populações. A principal vantagem da medicina tradicional reside na confecção local de remédios a custos acessíveis, a partir de plantas disponíveis mesmo em zonas remotas, onde as comunidades ou dispõem de curandeiros, ou facilmente poderão ser instruídas na preparação de formulações eficazes para as doenças mais comuns. É o caso de Helen Meyer, uma enfermeira que, em Moçambique, nos seus nove postos móveis de cuidados clínicos, usa chá de folhas secas de Artemisia annua para o combate à malária.
    Subjects
    DINÂMICAS RURAIS;
    Organizations Affiliated to the Authors
    Technical Centre for Agricultural and Rural Cooperation
    Investors/sponsors
    European Union
    Collections
    • CTA Spore (Portuguese) [26]

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